Desde crianças, as mulheres cultivam um sonho: o
casamento. Os contos de fadas são grandes contribuintes. Sempre narram a
história da princesa que passa por maus bocados durante um longo tempo, mas por
fim é resgatada por um lindo (e rico) príncipe encantado, e se casa!
À medida que vamos virando “mocinhas”, os filminhos
perdem um pouco a graça e evoluímos para as bonecas. Recriamos inúmeras vezes
esses contos que tanto assistimos, montando o casamento da nossa Barbie (seja
ela barbie sereia, rocker, veterinária, professora de balé ou engenheira de
computação) com seu namorado, o Ken. E quem nunca brincou disso que atire a
primeira pedra.
O tempo passa, abandonamos as bonecas, nos despedimos
do príncipe Ken, mas o sonho de “viver feliz para sempre” continua ali. Com a
chegada do primeiro amor nos sentimos a própria Cinderela (ao fim da história,
claro!). Até que após algumas desilusões amorosas, ou choque de realidade como
preferir, percebemos que não existe príncipe encantado, fada
madrinha e que um beijo de amor verdadeiro não nos salva de todos os males. E
nem por isso a vida deixa de ser maravilhosa!
Fico muito feliz em não ser uma princesa. Imagina que
chatice passar anos dormindo, presa em uma torre ou sendo responsável pelos
afazeres domésticos da casa de sua madrasta, apenas esperando pelo tão desejado
príncipe. Prefiro a vida real, com pessoas reais, sonhos reais, amores reais.
Acordo, trabalho, viajo, danço, curto meus amigos e
minha família. E apesar de saber que não existe príncipe e nem princesas, tenho
certeza de uma coisa: existe o amor e ele pode ser eterno! E acho a minha vida
muito mais divertida que um conto de fadas.
É muito comum recebermos a notícia de que aquele
casal bacana, casado há vários anos, separou-se. E tem aqueles que dizem “poxa,
que pena que não deu certo”. Como assim não deu certo? Claro que deu. Deu certo
por tantos anos. Teria dado errado se não houvesse casamento. Mas as pessoas
acham que o divórcio é o fracasso ou a descrença no casamento e o elevado
número de divórcio no Brasil contribui ainda mais para esse pensamento.

Então, aproveita que Hollywood está recriando os
clássicos contos de fadas, arrume uma boa companhia e vá ao cinema comer pipoca e assistir a uma
fantasia! E lembre-se, o filme é ficção, mas o amor não. E não há estatística de divórcio que
mude isso.
Referência bibliográfica
- FÉRES-CARNEIRO, Terezinha. Separação: o doloroso processo de dissolução da conjugalidade. Estudos de Psicologia, Natal, 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário