quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Antes tarde do que mais tarde ainda! Vamos falar de resiliência!

Prometi já faz um tempo falar sobre a resiliência e a contribuição dela em nossas vidas. Mas, como vocês perceberam eu me ausentei e fiquei devendo isso a vocês.

Sem mais delongas, você sabe o que é resiliência? Pelo menos já ouviu falar? Imagina o que seja?

De maneira sucinta, Pinheiro (2004) define resiliência como a habilidade do ser humano enfrentar adversidades, ser atingido por elas, mas alcançar a superação. Entretanto, é necessário definir de maneira abrangente o fenômeno da resiliência. 


Pereira (2001) pontua que em nossa sociedade as mudanças são rápidas e profundas e fazem parte do cotidiano, exigindo constantes esforços para adaptação. Assim, identifica a resiliência como um desafio para o novo milênio. A palavra resiliência apresenta diferentes significados. Seguindo a definição do Dicionário Aurélio, o termo resiliência representa para a Física e para a Engenharia a capacidade de um material, após ter sofrido uma pressão sobre si, retomar seu estado original. Em sua origem etimológica, a palavra resiliência do latim resiliens significa saltar para trás, voltar para, recuar, ser impelido, romper. Em inglês, resilient denota idéia de elasticidade e acelerada capacidade de recuperação. (PINHEIRO, 2004).
No campo da Psicologia, muitas pesquisas e teorias sobre a resiliência ainda estão em desenvolvimento.

De acordo com Silva, Elsen e Lacharité (2003), Souza (2004) e Carboni (2007), o termo resiliência, adaptado ao campo das Ciências Humanas e Sociais e da Saúde, foi inicialmente relacionado à capacidade de regeneração, adaptação e flexibilidade, qualidades atribuídas às pessoas capazes de recuperar-se de situações adversas, traumáticas ou abruptas e que responderam de forma positiva47, indo contra o esperado ao não desenvolverem patologias ou sucumbirem à delinqüência, ainda que expostos a riscos potenciais para sua saúde e/ou desenvolvimento. Esta capacidade é considerada por alguns autores como uma competência do indivíduo que vai se construindo a partir das interações entre o sujeito, a família e o ambiente e, para outros, como uma competência não apenas do indivíduo, mas, também, de algumas famílias e de certas coletividades. (SILVA; ELSEN; LACHARITÉ, 2003).

Enfim, para Grotberg (2002) resiliência é a capacidade humana para enfrentar, vencer e ser fortalecido ou transformado por experiências de adversidade e que a maioria das definições de resiliência são apenas variações do mesmo conceito. Grotberg (2002) fala também de resiliência em comunidades, etnias e culturas.

Acho que com tantas definições já dá para ter uma noção do que é resiliência no campo da psicologia. Mas, tem algumas observações pertinentes para que você entenda o que é e como desenvolver a resiliência.


Os precursores do termo resiliência na Psicologia são os termos invencibilidade ou invulnerabilidade. Rutter, um dos pioneiros do estudo da resiliência em Psicologia,citado por Yunes (2003), diz que invulnerabilidade passa uma idéia de resistência absoluta ao estresse, como se fôssemos intocáveis e sem limites para suportar o sofrimento. Assim, resiliência e invulnerabilidade não são termos equivalentes. A resiliência seria uma habilidade de superar as adversidades, mas o indivíduo não sairia ileso a essas adversidades, como sugere o termo invulnerabilidade. (ZIMMERMAN;
ARUNKUMAR apud YUNES, 2003).

Flach, de acordo com Pinheiro (2004), ainda em 1966, atribuiu o uso do termo
resiliência para descrever as forças psicológicas e biológicas necessárias para atravessar com sucesso as mudanças na vida. Para ele, o indivíduo resiliente é aquele que tem habilidade para reconhecer a dor, perceber seu intuito e tolerá-la até resolver as adversidades de forma construtiva.

Mas como adquirir essa habilidade e capacidade de lidar com as adversidades e superá-las? Como o assunto é extenso, vamos por parte. Mas dessa vez, sem longas pausas! Prometo!




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