quinta-feira, 29 de novembro de 2012

QUAL É A SUA JORNADA


Estamos aqui para viver... e morrer. Cada minuto em que nos esquecemos disso é jogando fora. Vazio.
Nossa existência... é abrupta.
Não há mapas.
Nem caminhos certos ou errados.
"Seja você mesmo" é história para criança.
No mundo real há escolhas.
Construa quem deseja ser.
Cada passo nos avança em uma direção cuja responsabilidade é nossa. De mais ninguém.
Não há garantia. Pra nada.
Somos os únicos artesãos de nossos dias.
Afie sua mente. Ela será o melhor aliado de seus instintos.
Faça silencio, escute.
Respire.
Repetir idéias sem o exaustivo teste da prática é nós render a uma existência fácil.
Sendo assim, sorrimos para o embate. Ferocidade saudável nos mantém sãos. 
O treinamento não cessa, nunca. 
Somente em nossas covas.
Somos exploradores; não guardiões da moralidade e do correto.
Apreciamos o medíocre, o esplendoroso, o sombrio, o pitoresco, o belo, o misterioso, o hediondo. 
Estamos aqui para expandir, sujar, contar, provocar, questionar, ofender, debater, dialogar, brigar, esmigalhar, refletir, semear, construir e crescer em conjunto. Continua e disruptivamente.
Engrandecemos aqueles à nossa volta, pois a conquista solitária é um prato frio, sem gosto. 
Não perca tempo se justificando. Coloque o seu melhor na mesa.
Reclamar nos apequena, é fraco. Aja.  

Pensatas

"Nem sempre eu soube exatamente o que eu queria fazer. Mas eu sempre soube que tipo de mulher eu queria ser".
Diane Von Furstenberg.


"As coisas boas chegam com o tempo. As melhores, de repente".
Autor desconhecido



terça-feira, 27 de novembro de 2012

TÊNIS X FRESCOBOL



Depois de muito meditar sobre o assunto, conclui que os casamentos são de dois tipos: há casamentos do tipo tênis e do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimento e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de vida longa. 

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com o qual concordo inteiramente. Dizia ele:

-"Ao pensar sobre a possibilidade de casamento cada um deveria fazer a seguinte pergunta: Você seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar".

Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme "O império dos Sentidos". Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava com uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há carinhos que se fazem com o corpo e carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo "eu te amo, eu te amo..." Barthes advertia: "passada a primeira confissão, eu te amo não quer dizer mais nada". É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não na sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".


O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ela vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva que indica seu objetivo sádico, que é cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocada fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro. 

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos....

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é "ficar batendo sonho para lá, sonho para cá..."

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava em seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos "Primeiros Cadernos", é sobre este jogo de tênis:

"Cena: O marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de bilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre a humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: Com um sorriso: - "Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo". A galeria torce e sorri pouco a vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: - "Tens razão, minha querida." A situação está salva e o ódio vai aumentando."

Tênis é assim:recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo como bolha de sabão... O que busca é ter razão e o que se ganha é distanciamento.  Aqui, quem ganha sempre perde. 

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja, então, que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...  
     

Rubem Alves
 

Música do dia

A música de hoje não poderia ser diferente: Marisa Monte cantando Ilusión, com a participação de Julieta Venegas. Belíssima música, minha queridinha do momento! Dá uma olhada na letra!!




Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi
Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella
No supe que hacer
Y se me fue
Porque la dejé
¿Por que la dejé?
No sé
Sólo sé que se me fue
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver
Por ella no supe que hacer
Y se me fue
Porque la dejé
¿Por que la dejé?
No sé
Sólo sé que se me fue
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque no me dejo
Tratar de hacerla feliz
Porque la dejé
¿Por que la dejé?
No sé
Sólo sé que se me fue


INFINITO AO MEU REDOR

Esse fim de semana teve show da Marisa Monte aqui no Palácio das Artes. Sou super fã dela e isso me lembrou de um texto  que ela escreveu contando um pouco de sua história. 

Achei o texto super bacana, no qual ela conta o seu crescimento pessoal e profissional. A maneira própria como enxerga as coisas da vida, as parcerias que estabeleceu, o modo como corre atrás dos objetivos com dedicação e determinação, como lida com as adversidades, como inclui  os erros como parte da vida,  etc., são inspiradores. Por isso, resolvi compartilhá-lo. 

Marisa não é uma diva da música atoa. Tão humana e tão brilhante, se compromete e batalha para dar o seu melhor naquilo que propõe... Ah, se todos fossem assim! Assim como um show, a vida é imprevisível, não é como um ensaio. Temos que lidar e enfrentar imprevistos, tropeços e momentos de grande emoção. Acho que a história dela pode ajudar cada um a buscar e dar o seu melhor nas diversas fases da vida. 

"Tenho 40 anos. Sou música: MARISA MONTE. 

A música é um meio de transporte e assim como me leva para o outro lado do mundo também me traz de volta para casa.

Comecei muito nova. Pessoas de 30 anos dizem que me escutam desde a infância. Cheguei a conclusão que sou uma jovem veterana. 

A música sempre me atraiu. Minha irmã tinha aulas de piano e eu assistia. Gostava de escrever no caderno letras de música para depois cantar junto com os discos. Meu pai era ligado a Portela e diziam que eu tinha ritmo, quando sambava.

Aos 9 anos ganhei meu primeiro instrumento: uma bateria. Pratiquei até os 12 anos. Participava em shows no colégio até 14 anos - 1ª vez que cantei para platéia. Gostei. Passei a fazer aulas de canto. 20 anos, depois na Austrália, penso que jamais sonhei em ir tão longe.

Me tornei uma profissional da música. Sobrevivo fazendo música e mais raro que isso, consegui minha independência artística, pouco comum nesta indústria. 

Penso que isso se deu porque trabalhei com a intenção de compreender os meios de produção da minha profissão. Cantar se desdobra em muito mais que simplesmente compor e cantar. Se você canta profissionalmente significa que você se relaciona com o negócio da música. Existe uma indústria que ganha dinheiro botando música no mundo. Os músicos são a origem e parte desta indústria. 

Eu aprendi a dialogar com essa indústria. Tenho um selo chamado Phonomotor e desde o primeiro disco trabalho em parceria com uma multinacional, a EMI. Ter um selo significa ser dono de sua obra. Ter um parceiro como a EMI significa experiência e alcance na distribuição e promoção destes discos. 

Um músico ganha a vida de duas formas: direitos sobre as músicas que compõe, toca e interpreta ou se apresentando em shows. 

Quando em março de 2006 lancei dois álbuns sabia que um novo ciclo se iniciava. Ambos são o resultado de um intervalo de três anos longe do palco. Neste intervalo compuz, produzi e fui mãe. Quando paro para pensar em como seria o DVD destes novos discos tive vontade de fazê-lo na forma de documentário sobre a atividade profissional de um músico. Algo como seguir um ano de trabalho de um profissional como um cirurgião ou de um motorista de caminhão. Queria mostrar como é o trabalho por trás da marca. Cada músico tem sua maneira própria de construir sua carreira.  Eu conto aqui como é a minha, explicando no particular o universo da minha profissão. 

O ponto de partida de tudo é a vontade de fazer música e que essa música possa se comunicar com outras pessoas.

O negócio da música é assim: o músico faz uma canção, às vezes só a letra, às vezes só a música, às vezes os dois. A composição é o momento onde a profissão do músico mais se parece com o que as pessoas imaginam dessa profissão. 

O músico grava essa música, toca para microfones que gravam e depois misturam-se, os diversos sons: é o que se chama mixagem. Existe o momento em que o disco composto se apresenta ao mundo e a música se desdobra em imagens, textos e uma série de sub-produtos na indústria. Quando esse pacote está pronto você marca um encontro com a imprensa. A imprensa é uma instituição e uma indústria que existe para informar, provocar discussões e vender notícias. Reúne muitas pessoas diferentes. O primeiro público é profissional, é o público crítico. É como entrar, conscientemente, no estouro de uma boiada. 

Não é fácil falar sobre o que você faz. Responder perguntas que você não sabe. Explicar coisas que você nunca pensou. Mas depois do terceiro dia o corpo se acostuma a tensão e surge um resumo coerente em torno das idéias dos discos e aí você está pronta para responder as mesmas perguntas pelos próximos dois anos. Este é o momento em que não existe música, só existe o verbo. 

Terminada essa fase o músico está pronto para a nova fase: a turnê. 

Existem mulheres que compram sapatos e bolsas de grife. Eu, gosto de investir meu dinheiro fazendo shows. É a minha maior vaidade.

Montar shows custa dinheiro. A equação é sempre a mesma, você não pode gastar mais do que ganha. 

Estávamos em março de 2006, revolução musical pela internet e pirataria. Queda nas vendas e isso gerou crise.

Em 20 anos de carreira eu nunca tive patrocínio. Este ano foi diferente. A Natura é uma marca de cosméticos brasileira que investe em música. Eu estaria associando, pela primeira vez, minha música a uma marca. Achei justo. Meu trabalho ajudaria a divulgar os ideais da Natura e esta me ajudaria a desenvolver o meu trabalho. 

O processo do show começa meses antes da estréia. Mas treino é treino e jogo é jogo. E o show só fica pronto quando encontra o público. A reação da platéia é o que conduz diálogo e dá sentido ao show. 

Numa apresentação ao vivo tudo deve dar certo. O público quer assistir ao show perfeito e o músico quer oferecer uma performance perfeita. Mas o show não é um filme ou um disco. O show é a vida real. Estreei confiante e ao mesmo tempo nervosa. Mas tensão é fundamental, sem ela a corda do violino não soa. 

Na estréia em São Paulo eu tive um branco em cena: a letra simplesmente não vinha a cabeça. Errei. O erro é o momento muito especial para um músico. Nestas ocasiões platéia e músico passam a viver um momento de cumplicidade e improvisação. Um erro torna um show marcante. faz parte do circo, assim como a queda do trapezista".  

Bacana, não?!!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Música do dia

A música para inspirar o dia de hoje é da Mallu Magalhães, Sambinha Bom. Uma das minhas cantoras preferidas dessa nova geração. Super talentosa, dona de uma voz super linda, suave,  doce... deliciosa! Embale seu dia nessa melodia leve! Aperte o play, pois afinal, quem cante seus males espanta!!!

AMIGO DE SI MESMO (RELAÇÃO AFETIVA)


Em seu recém lançado livro "Quem pensas TU que eu SOU?" Abrão Slavutsky reflete sobre a necessidade de conquistar o reconhecimento alheio para que possamos desenvolver nossa auto estima. Mas como sermos percebidos generosamente pelo olhar dos outros? Já no prólogo, o autor oferece a primeira pilula de sabedoria. Ele reproduz uma questão levantada e respondida pelo filósofo Sêneca: "Perguntas-ma qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo". Ser amigo de si mesmo passa também pelo bom humos. "Para atingir a verdade, é preciso superar a seriedade da certeza". É uma frase genial. O bem humorado respeita as certezas, mas as transcende. Só assim o sujeito passa a se divertir com o imponderável da vida e a tolerar suas dificuldades.
Amigar-se comigo também passa pelo que muitos chegam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom pra si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outro? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presentei-se com boa música , bons livros e boas conversas. 

Quem não consegue sozinho , deve acudir-se com um terapeuta. Só não pode esquecer: sem amizade por si próprio, nunca haverá progresso possível. Permanecerá enredado em sua própria angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo. 

OBS: Amigo é quem fala comigo (não fala para mim, nem fala de mim) as duas faces da verdade: a bonita e a feia.

"O maior inimigo da verdade, é frequentemente, não a mentira deliberada, planejada, desonesta, mas sim o mito - persistente, estranhado e irreal." John F. Kennedy.

Referência bibliográfica

Martha Medeiros

O que fazer na chuva...

Domingo de muita chuva e pelo visto ela vai se prolongar pela semana... Muitos não gostam desses dias chuvosos por acreditar que atrapalha a rotina, o trabalho, o lazer... Mas é super possível aproveitar esse tempinho para fazer coisas simples, porém prazerosas! Vi essa montagem em um blog e não pude deixar de compartilhar com vocês.

Aí vai, coisinhas para fazer (não só) na chuva:





Pensatas




sexta-feira, 23 de novembro de 2012


VALE O ESFORÇO

Eu sei que, às vezes, sorrir é difícil. Mas sei também que sempre vale o esforço.
Assim como acordar bem cedo para ir à ginástica, assim como resistir ao segundo pedaço de doce, assim como enfrentar aquele trânsito para dar uma passadinha de 15 minutos na casa da avó que quer te ver, assim como achar um jeito (ou, simplesmente, conseguir sinal) para dar um telefonema de “parabéns”, ou só de “oi, tô com saudades”. Tudo isso vale o esforço.
Tem dias que o mundo acorda carrancudo, e a gente mais ainda. E já sai da cama atrasada, e descobre que não pagou a conta de telefone, que a lavanderia manchou o vestido, que a irmã perdeu o brinco emprestado, que o vôo atrasou e a reunião foi perdida. Dá desespero – e consequentemente cara feia – descobrir que a meia calça desfiou, que o taco do salto soltou, que o cabelo está rebelde e que a unha, lindona, vermelha e poderosa, lascou assim que você virou a chave, desligando o carro ao voltar do salão.
Estressa ter que fechar o vidro porque a gente tem medo de assalto, e ficar olhando para frente, sabendo que alguém, na sua janela, pede ajuda, esmola, dinheiro, atenção, solidariedade, essas coisas todas que nos pedem hoje em dia e que nos culpamos por não poder dar na quantidade em que gostaríamos. Estressa ter que lidar com atendente de telemarketing ou chegar correndo numa repartição qualquer e dar de cara com a moça que te responde: acabei de encerrar o computador, senhora.
Se cara feia resolvesse, o mundo estava resolvido. Entretanto, não resolve, não muda nada. E cara feia também dá trabalho. Cada vez mais percebo isso, pela experiência cotidiana.
Diferentemente, ir a ginástica muda nosso corpo (e nossa alma), resistir ao segundo pedaço de doce aumenta a autoestima, passar na casa da vó, dar um telefonema de carinho, melhora demais a vida, injeta amor na veia. Sorrir então, “apesar de”, muda muita coisa.
Fiz esta opção de vida: sigo sorrindo, “apesar de”. Por que descobri que quando a gente se esforça e, apesar de tudo, apesar de qualquer coisa, sorri, parece que o mundo, muitas vezes, sorri de volta.
Sorria, garanto que vale o esforço.
Por Laura Henriques

Site whatabout.com.br

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Música do dia

Tente outra vez - Raul Seixas



O permanente e o provisório


"O casamento é permanente, o namoro é provisório. 


O amor é permanente, a paixão é provisória. 

Uma profissão é permanente, um emprego é provisório. 

Um endereço é permanente, uma estada é provisória. 

A arte é permanente, a tendência é provisória. 

De acordo? Nem eu. 

Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro. 

Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro. 

Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire. 

Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós."

Martha Medeiros

6 MESES DE BLOG!!

Essa semana completamos seis meses! Que venham muitos outros pela frente!!


FELIZ 6 MESES PRA GENTE!!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pensata






"Eu não preciso ser bonita e novinha. Não preciso provar nada pra ninguém.
Não preciso estar sempre disposta e com tudo em dia. Mas eu preciso, sim, estar bem comigo. E se me faz bem cuidar da aparência, do corpo, da alma, então tá.
O problema é ser escrava de uma coisa só porque “tem que ser”. Não, não tem que ser. Você tem que ser o que quiser, não o que os outros
 querem."

Clarissa Corrêa



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Conexões de amor e gentileza

Os problemas geralmente aumentam quando o elemento espiritual não está presente num relacionamento. Jampolsky afirmou: "Quando nos sentimos separados do nosso ser espiritual, o que acontece é que nos sentimos temerosos de ser atacados. Começamos a ouvir a voz do ego, algo que geralmente fabricamos e que se comporta com medo". Abrindo mão dos pensamentos negativos e nos libertando do medo, melhoramos o modo como lidamos com os indivíduos e cada área da vida. Se o relacionamento for verdadeiramente de coação, diz Jampolsky, o casal decidirá juntos ser gentil e agradável com todas as pessoas: "Não é que você tenha um amor exclusivo; você o tem apenas para demonstrar que é o tipo de amor que se pode ter com todos". 

Demonstrar paz, gentileza, amor e ternura na vida diária significa ter uma conexão amorosa apenas com a outra pessoa, mas também como nós mesmos; significa nos entregarmos a Deus e vê-Lo em todos os nossos relacionamentos. Um dos maiores dons que se pode dar é ajudar os outros a se sentirem belos, amáveis, capazes e dignos. 

Recentemente aconteceu algo que me lembrou que é sempre preciso me esforçar para estabelecer relacionamentos amorosos. Estava conversando ao telefone com um amigo próximo. Geralmente ele é terno e gentil, e demonstra isso no seu modo de falar e de ser. Nesse dia, porém, foi diferente; ele parecia distante, frio e áspero. Estava frustrado com o trabalho, lutando contra um resfriado e queria esclarecer alguns planos que estávamos fazendo para uma celebração especial. Em vez de responder com amor, reagi dizendo: "Bem, não há necessidade de você ser mesquinho e áspero; talvez devêssemos falar sobre isso num outro momento, quando você estiver se sentindo melhor". Claro que isso apenas o deixou ainda mais chateado e distante. Ele se tornou mais hostil, e eu estava pronta para desistir de tudo. Tentar ver a divindade nesse homem era a última coisa que se passava em minha mente. Desligamos o telefone dizendo que tudo estava bem, muito embora nenhum de nós pensasse isso. 

Passei o dia inteiro pensando a respeito daquela conversa ao telefone. Compreendi que eu estava muito apegada ao modo como esperava que meu amigo fosse. Eu não queria reconhecer que qualquer um pode ter um dia ruim. Não precisava considerar sua atitude um ataque pessoal. Em vez disso, poderia decidir oferecer amor, compreensão e paciência. 

Passado um dia inteiro, finalmente reuni coragem suficiente para pedir desculpas pelo meu comportamento. Disse que tentaria ser mais compreensiva e não daria tanta importância ás suas mudanças de humor ou distanciamentos. Ele reconheceu que não deveria lançar sobre mim suas frustrações com o trabalho, e, porque gostava de mim e sabia o quanto eu estimava a ternura e a amabilidade nas outras pessoas, iria trabalhar seu comportamento e suas atitudes. Através da comunicação e da vontade de resolver o conflito, conseguimos nos aproximar mais em espírito.

Gosto de pensar que as cordas da harpa de Deus unem todos os corações. Quando decidimos nos distanciar dos outros, algumas dessas cordas se partem, e a música que ouvimos se desarmoniza. Quando decidimos ver o divino em todos e responder de maneira amorosa, não importando a maneira como tratam, então criamos uma música bela. Deus escreve as canções; tudo que temos que fazer é permanecer juntos e tocar as notas. Deixemos que a música celestial ressoe em todos os relacionamentos que tivemos. 

Pessoalmente, tenho uma lista de metas para criar relacionamentos mais harmoniosos:


  • Não participar de jogos de azar.
  • Não fingir.
  • Não ter expectativas.
  • Não reagir defensivamente.
  • Ter respeito por si mesmo.
  • Ter respeito pelos outros. 
  • Ter uma percepção constante de que sou filha de Deus e de que todos também são. 
Escolha viver pacificamente e permita que Deus seja seu relacionamento primário. Dessa forma, você trará o divino para todos os seus relacionamentos. 

Lembre-se


  • A essência do nosso ser é amor.
  • Saúde é paz anterior. Cura é abrir mão do medo.
  • Dar e receber são a mesma coisa. 
  • Podemos abrir mão do passado e do futuro.
  • O agora é o único tempo que existe, e cada instante é para se doar. 
  • Podemos aprender e amar a nós mesmos e aos outros perdoando em vez de julgar.
  • Podemos descobrir amor e não defeitos.
  • Podemos escolher ser pacientes, independentemente do que esteja acontecendo no exterior.
  • Somos alunos e professores uns dos outros. 
  • Podemos focar o todo da vida em vez dos fragmentos. 
  • Uma vez que o amor é eterno, a morte não precisa ser vista como algo a ser temido.
  • Podemos sempre perceber os outros como instrumentos para a ampliação do nosso amor. 

Referência Bibliográfica

Susan Smith Jones é PhD, escritora e palestrante norte-americana. 



    

A consciência dos pais


Todo mundo quer se sentir amado, apreciado, nutrido e apoiado. Isso é particularmente verdadeiro em relação a crianças e adolescentes. Nosso papel como pais é amar, apoiar, criar, nutrir os filhos, oferecendo-lhes um ambiente no qual experienciem a autoestima e sejam livres para descobrir e expressar seus talentos divinos.

Muito frequentemente queremos manipular, forçar ou coagir os filhos a fazer e a ser o que pensamos que deveriam. Precisamos retornar ao espírito e confiar que Deus revela aos nossos filhos sua visão mais elevada. Devemos ajudá-los a acreditar em si mesmos e em sua habilidade para viver suas visões.

Nossos filhos não estão aqui para concretizar os sonhos que não realizamos, nem para nos ajudar a resolver nossos negócios inacabados. Eles são filhos de Deus, e como espíritos já têm uma maravilhosa jornada preparada para eles. Nosso papel é amá-los incondicionalmente, apoiá-los, guiá-los e ajudá-los a compreender o quanto são amáveis, capazes e dignos. 

Os filhos refletem a consciência de cada pai. Quando eles estão causando problemas, veja o que precisa ser ajustado em sua própria vida. Certo dia fui a um parque com uma amiga e sua filha adolescente. Crianças até 12 anos pagavam meia entrada. Embora devesse ter pedido ingressos inteiros para todos ( a filha estava com 13 anos), na bilheteria ela disse: "Dois adultos e uma criança". Apenas alguns dias antes ela havia conversado com a filha sobre a importância de sempre dizer a verdade. Qual das duas mensagens falou mais alto?

Na minha prática de aconselhamento, as pessoas geralmente pedem conselhos sobre como disciplinar filhos problemáticos. Antes de abordar a questão eu avalio os pais - como eles se sentem a respeito de si mesmos e que valores e atitudes estão mostrando os filhos. Até que lidemos com nossa própria consciência e cuidemos dos negócios não concluídos, todas as nossas tentativas de "consertar" um filho problemático só vão piorar a situação.  

O que eu sempre me pergunto em cada caso, seja nos relacionamentos com filhos ou com adultos, é: "O que essa situação me diz a respeito de mim mesmo? O que esse desafio me revela? Como posso ser mais amoroso, como oferecer amor e ternura a essa pessoa?" Sei que posso elevar a consciência até a percepção da minha unicidade com Deus, especialmente nos momentos mais difíceis e desagradáveis; então serei capaz de ver com clareza, de responder em vez de reagir e de resolver as diferenças em vez de aumentar o conflito. 

Em seu livro Out in the Darkness, into the light, Gerald Jampolsky escreveu com maestria sobre isso: "Restringimos o amor de nós mesmos ao negá-lo. O que acontece é que começamos a nos sentir deprimidos, e achamos que lá fora, no mundo, existe algo de que precisamos. Começamos a ficar chateados quando não conseguimos. Tentamos controlar as pessoas. Tentamos manipulá-las e viver uma vida onde existem muitos ataques, onde muito se diz "Eu estou certo, você está errado". As pessoas não compreendem que a batalha que vemos lá fora, no mundo, é na verdade uma extensão da batalha que se passa em nossas mentes". 

       

Referência Bibliográfica

Susan Smith Jones é PhD, escritora e palestrante norte-americana. 


Pensatas

"Nossos filhos não estão aqui para concretizar os sonhos que não realizamos... Eles já têm uma uma maravilhosa jornada preparada para eles".

Música do dia

Don't worry, Be happy - Versão Mart'nália.


Tô indo pros States
Diretamente
Da Vila Isabel
Here's
A little song
I wrote
You might want
To sing it
Note for note
Don't worry
Be happy
In every life
We have some trouble
But when you worry
You make it double
Don't worry, be happy
Don't worry
Be happy now
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Don't worry
Eu falei
Be happy (4x)
Oo, ooo
Ain't got no place
To lay your head
Somebody came
And took your bed
Don't worry
Be happy
The land-lord say
Your rent is late
He may have
To litigate
Don't worry
Be happy
Don't worry
Pra não
Se estressar
Be happy
Pra se alegrar
Relax
Que tudo
Fica diferente
Stress faz adoecer
Amor rejuvenescer
Sorria mais
E leve a vida
Simplesmente
Ain't got no cash
Ain't got no style
Ain't got no girl
To make you smile
Liga não
Be happy
'Cause when you worry
Your face will frown
And that will bring
Everybody down
Don't worry
Deixa pra lá
Be happy
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Olha a gentileza
Olha a gentileza
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Simbora
Don't worry
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Deixa pra lá
Vem pra cá
O que é que tem?
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)
Oo, ooo
Lá, lá, lá (3x)